É para cumprir cota?

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Em evento impecavelmente organizado por Andrea Mansano e SANDRA MARCHINI COMODARO, idealizadoras do Mulheres em Conselhos, com o tema “Conselhos no Varejo”, a mediadora e anfitriã Élica Martins foi muito feliz nas perguntas provocadoras que fez aos incríveis panelistas: Ana Bógus, Flavia Maria Bittencourt e Paulo Correa.

O tema principal foi a incorporação da diversidade e equidade nas lideranças e nos conselhos, tanto nas companhias lideradas por eles, quando em suas trajetórias pessoais, todas recheadas de belíssimas e inspiradoras passagens.

Incorporar a sustentabilidade na estratégia do negócio, nos processos e produtos, foi igualmente debatido. As companhias do varejo passam por enormes transformações em suas cadeias para incorporar a economia circular, seja testando produtos específicos, seja levando em conta seus stakeholders para validar e contribuir com as mudanças, em um processo colaborativo.

O título deste artigo foi inspirado em uma fala enfática da Flavia, ao descrever uma oportunidade que surgiu para assumir um cargo de liderança Latam, nunca antes liderado por uma mulher na história da cia. Ela questionou se seria para cumprir cota, se precisavam apenas mostrar que havia lá uma mulher. Ela recebeu uma resposta contrária. Não, ela era realmente a pessoa ideal para tocar a operação. O que se provou verdadeiro ao longo dos anos pelos resultados que ela mostrou.

Há igualmente as regras que precisam ser quebradas por meio do diálogo e, de novo, podemos sentir o quanto parece ser mais difícil ainda quando se trata de uma mulher. Ana Bógus relatou que, ao ser convidada para assumir uma posição em conselho quase teve que recusar, pois a cia onde é CEO possui a regra de não-acumulação de função com conselho, mas uma exceção foi aberta a ela.

A diversidade traz um ambiente mais criativo, de maior inovação, diálogo e sensibilidade, segundo Paulo Correa, que, ao descrever o varejo, pontuou o quanto a proximidade com o público é crucial para entender o mercado, seja em pontos de venda, seja por meio da tecnologia que tem facilitado esta comunicação mais próxima.

A tecnologia e a cibersegurança foram outros pontos trazidos por Élica aos panelistas e o debate não poderia ser mais rico.

As inúmeras conselheiras presentes saíram todas inspiradas. É reconfortante fazer parte de um grupo preocupado com o propósito da governança, equidade e diversidade nas empresas, o qual consegue ainda fazer aflorar o melhor da humanidade de cada um.

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